por Lis
A metaleira xingou minha irmã de tudo enquanto é jeito e com todos os palavrões possíveis, mas a ruivinha não desceu do salto hora nenhuma.
Na verdade, ela custou sacar que aquela conversa era uma briga. Ela levou a sério e ainda tentou apaziguar as coisas.
Tadinha.
A metaleira por fim disse: "Eu sou muito influente na cena e eu vou ferrar com sua reputação".
Então. Difamar minha irmã parecia ser a única coisa que essa metaleira tinha pra fazer na vida. Porque minha irmã enfrentou anos e anos de problemas com pessoas desconhecidas, que vinham provocá-la nas redes sociais, vinham xingá-la, vinham debochar dela. Fora isso, teve gente que simplesmente parou de conversar com ela. Parou de cumprimentá-la. Excluiu ela do Orkut e depois do Facebook.
Nós lhe ensinamos várias maneiras de se defender, mas ela preferiu utilizar a tática do silêncio, e não poderia ter sido melhor. Genial.
O silêncio de Lille não era covardia nem fraqueza. Nem sinal de que a metaleira havia vencido a guerra.
Na verdade, a metaleira perdeu:
1- levou por muito tempo um problema pessoal.
2- Revelou ter uma estrutura emocional fraca: levou o problema pra quem não tinha nada a ver com isso.
3- Era a contradição em pessoa: dizia ser importante e influente, mas se submeteu a uma anônima qualquer.
Coisas parecidas acontecem conosco, com você, com sua tia, com sua vovó.
Moral 1 da história: ninguém e nada do que disserem a seu respeito poderá diminuir o seu real valor.
Moral 2 da história: você sabe quando está ficando importante quando começam a falar mal de você.
Moral 3 da história: não é o que as pessoas fazem que te prejudica; é a SUA REAÇÃO.
Não se atiram pedras em árvores sem fruto; toda tentativa de apedrejamento visa sempre derrubar os frutos.
Inocente ignorância dos apedrejadores, porque, mesmo conseguindo o feito, se esquecem de que os frutos caídos no chão experimentarão o tempo e a decomposição e voltarão a frutificar, de uma ou de outra maneira, pois cada semente dá origem à essência interior que carrega.
Já as pedras caídas no chão permanecerão pedras, e as mãos que as atiraram terminarão vazias, tão vazias quanto o coração e a alma que lhes ativaram o movimento.