Pra quem diz que Rock tem influência de Música Clássica

por Lis e Arne 


Toda construção é feita de tijolos e cimento. 
Mas um barraco no Morro do Papagaio não tem a mesma beleza que a Basílica de Lourdes só por que são feitos do mesmo material.

Todo rosto possui os mesmos elementos. 
Mas o Nando Reis não tem a mesma beleza que o Eric Stoltz só porque ambos tem olhos, orelhas, boca, nariz e cabelo ruivo. 

Toda feijoada é feita basicamente com os mesmos ingredientes. 
Mas a minha feijoada não tem o mesmo sabor, consistência e aroma da feijoada do Bar do Lopes, porque o resultado final depende da ordem e da proporção dos ingredientes.

Na pintura é a mesma coisa. Todas as cores de tinta são obtidas das mesmas cores primárias - azul, amarelo, vermelho. Entretanto, algumas pinturas são grotescas e outras são belíssimas, conforme a ordem das cores e a proporção com que são usadas.

Você reparou que até agora eu falei em proporção e ordem, né? 
Poizé. Diziam os gregos que a beleza, seja material ou impalpável, tem a ver com proporção. 
A beleza vem da harmonia, pela qual a nossa inteligência reconhece seus símbolos. 

E você reparou que eu disse inteligência, né? 
Poizé. A beleza, pra ser verdadeira, precisa ser inteligível. Essa é a razão pela qual a arte é própria do ser racional. Animais não fazem, nem entendem obras de arte. 
E toda obra de arte só é obra de arte se transmitir uma ideia. 

Então. Pra finalizar: Todo tipo de música é feito com as mesmas notas musicais, mas nem por isso todas as músicas são boas. 
Um Dó é um dó, um Sol é um Sol, um Si é um Si. Tecnicamente não temos nenhuma diferença... As mesmas sete notas musicais usadas por Vivaldi são usadas por Yngwie Malmsteen. 

Mas antes de achar que o Malmsteen é o Vivaldi do Rock, siga a lógica dos exemplos supracitados e evite cometer o absurdo de dizer que o cacofônico, grotesco, indecente e irracional Rock absorveu influência direta da Música Clássica. 
Se isso fosse verdade, qualquer música no mundo teria a mesma influência, porque são feitas da mesma coisa. 

Jamais, repito, JAMAIS Associe Rock à Música Clássica. 
A sua casa é diferente do Palácio de Versailles, apesar de ambos serem feitos de alvenaria. 


"Eu vou ferrar com sua reputação"

por Lis


A briga começou por que a metaleira confundiu a palavra ÉTICOS com ÉTNICOS e cismou que minha irmã era racista.

A metaleira xingou minha irmã de tudo enquanto é jeito e com todos os palavrões possíveis, mas a ruivinha não desceu do salto hora nenhuma.
Na verdade, ela custou sacar que aquela conversa era uma briga. Ela levou a sério e ainda tentou apaziguar as coisas.
Tadinha.
A metaleira por fim disse: "Eu sou muito influente na cena e eu vou ferrar com sua reputação".

Então. Difamar minha irmã parecia ser a única coisa que essa metaleira tinha pra fazer na vida. Porque minha irmã enfrentou anos e anos de problemas com pessoas desconhecidas, que vinham provocá-la nas redes sociais, vinham xingá-la, vinham debochar dela. Fora isso, teve gente que simplesmente parou de conversar com ela. Parou de cumprimentá-la. Excluiu ela do Orkut e depois do Facebook.

Nós lhe ensinamos várias maneiras de se defender, mas ela preferiu utilizar a tática do silêncio, e não poderia ter sido melhor. Genial.

O silêncio de Lille não era covardia nem fraqueza. Nem sinal de que a metaleira havia vencido a guerra.

Na verdade, a metaleira perdeu: 
1- levou por muito tempo um problema pessoal. 
2- Revelou ter uma estrutura emocional fraca: levou o problema pra quem não tinha nada a ver com isso.
3- Era a contradição em pessoa: dizia ser importante e influente, mas se submeteu a uma anônima qualquer.

Coisas parecidas acontecem conosco, com você, com sua tia, com sua vovó. 

Moral 1 da história: ninguém e nada do que disserem a seu respeito poderá diminuir o seu real valor. 

Moral 2 da história: você sabe quando está ficando importante quando começam a falar mal de você.

Moral 3 da história: não é o que as pessoas fazem que te prejudica; é a SUA REAÇÃO.

Não se atiram pedras em árvores sem fruto; toda tentativa de apedrejamento visa sempre derrubar os frutos.
Inocente ignorância dos apedrejadores, porque, mesmo conseguindo o feito, se esquecem de que os frutos caídos no chão experimentarão o tempo e a decomposição e voltarão a frutificar, de uma ou de outra maneira, pois cada semente dá origem à essência interior que carrega.

Já as pedras caídas no chão permanecerão pedras, e as mãos que as atiraram terminarão vazias, tão vazias quanto o coração e a alma que lhes ativaram o movimento.