Wicca do Capeta

Os wiccanos geralmente começam como fãs de Harry Potter. Adquirem o costume estranho de abraçar árvores. Usam colar de estrela, jogam RPG e não possuem título de eleitor.  

Quando os wiccanos viram gente, permanece o costume de abraçar árvores e de usar colar de estrela. Eles praticam nudismo na floresta e fedem a maconha incenso. Costumam freqüentar lojas de artigos de macumba pra comprar velinha colorida e outras tralhas. Curtem Loreena McKennitt e veneram um deus chifrudo de bililiu duro que faz uma deusa ficar buchuda, porque os wiccanos confundem criação com procriação. Além disso, eles têm um fetiche estranho pelo sangue menstrual, quase uma inversão da Espermo-gnose. Eca.

Os wiccanos também são conhecidos como bruxos. A maioria das mulheres wiccanas são feias pra cacete e a maioria dos homens wiccanos são da turma do “arco-íris”. Porque os héteros só se infiltram pra comer as raríssimas wiccanas gostosas e liberais nos bacanais rituais.  

Essa galera esquisita do colar de estrela espalha por aí que a Wicca é uma “Antiga Religião” e que o povo pagão curtia rezar pelado.
Mas nós vamos agora penetrar com carinho o Athame da Verdade no Cálice da Ignorância.   

A Wicca é a filha hiponga do Ocultismo do século 19. O cerimonial segue o mesmo padrão inventado por um titio feio chamado Aleister Crowley.

Aleister Crowley, naquela época tão longínqua do século atrasado, já tinha iniciado na putaria bruxaria e no ocultismo outro titio feio chamado Gerald Gardner. Depois de muita viadagem na maionese à base de tantra, bestialidade, escatologia e dorgas na Ordo Templis Orientis, Gardner resolveu inventar a Wicca, achando que todo mundo era idiota. Descristianizou a Golden Dawn (Ordem Hermética da Aurora Dourada) e resolveu apelar pro paganismo, incrementando sua genial ideia com um folclore britânico de virada de século. Um lance menos capetoso pra não dar muito na cara, só pra sua cria não ficar com pecha de bastarda.

A Wicca é uma religião muito simples. Como toda religião do capeta tem um fundo de Thelema, a moral da Wicca é não ter moral nenhuma. “Fazes o que tu queres, será o todo da lei”.

Titio Gardner bem que se esforçou pra tentar tirar o odor satânico da Wicca; disse que sua lenda fabricada era praticada por algumas bruxas medievais que sobreviveram escondidas e passaram adiante a “tradição”. E com o passar do tempo, a Wicca incorporou o feminismo, o homossexualismo e o ecologismo, um tipo de embuste só pra deixá-la mais “politicamente correta”.

Mas apesar de todos os esforços, é muito fácil perceber que a Wicca tem suas raízes profundamente fincadas no Satanismo, a começar pela anarquia e pelo foco no sexo...   

No fim das contas, a diferença da Wicca pro Satanismo é basicamente a posição da estrelinha no cangote dos hereges.



Agora está bem estabelecido que a bruxaria moderna foi formulada no início da década de 50. Uma minoria significativa, contudo, alega que eles pertencem a uma herança tradicional ininterrupta, que veio a eles através de sua própria família do que de qualquer herança social. Estudos desta matéria tem entretanto falhado em prover qualquer prova que sustente tais alegações” (The Encyclopedia of Magic & Witchcraft, p. 206).



"Até a morte é mortal". 

Papo de Músico: Prelúdio ou Ave Maria?


A partitura é simples mas de grande densidade harmônica; o tom dos arpejos vai decrescendo durante quase dois minutos. É a música que eu mais gosto de tocar. 

Mas essa música intriga os leigos, que a confundem com uma das tradicionais Ave Maria’s, aquela do francês Charles Gounod.

Apesar da semelhança harmônica, trata-se de duas composições diferentes. A composição do alemão Johann Sebastian Bach não foi criada com o propósito de ser uma obra religiosa.

O Prelúdio n. 1 é a primeira música de uma compilação chamada “O Cravo Bem Temperado”. Essa obra reúne o total de 48 prelúdios e fugas (Vol. I e Vol. II),  que completam todos os tons musicais existentes. 

A primeira dupla de prelúdio e fuga está em C Maior, a segunda dupla em C Menor; a terceira é em C# Menor, a quarta em C# Menor e assim por diante. O prelúdio n.1 inclusive é uma demonstração objetiva de uma característica ímpar de Bach, o contraponto. Ele criava grandes sequências de modalidades tonais, direcionando a música para uma resolução e ao retorno à tonalidade original. 

Bach não costumava anotar a data em suas partituras, mas é provável que o Prelúdio n. 1 em C Maior tenha sido publicado por volta de 1722; e a Ave Maria de Gounod foi composta muito depois, no ano de 1853. 

A Ave Maria pode até ser considerada uma obra derivada. E derivações de obras e reutilização de melodias era comum até o século XIX na Igreja. O Hinário Luterano é cheio desses casos, por exemplo, o Hino 189, “Exultantes”, derivado do quarto movimento da Nona Sinfonia de Ludwig van Beethoven. 

O prelúdio n. 1 é uma obra linda, e dizer que ele é a "Ave Maria" é um grande erro, além de alterar completamente o seu sentido, mudando a sua razão de existência.


Eclético: Ser ou Não Ser?

Lis 

Quando o Rock nasceu, nos anos 50, os músicos tradicionais do planeta, incluindo Jazzistas e Eruditos se insurgiram contra aquela nova batida de compasso quaternário, tradicionalmente usado em marchas militares.  Era inadmissível que adolescentes da época aceitassem aquele estilo. Era inadmissível que a escala diatônica (o dó-ré-mi) fosse reduzida  uma escala de apenas cinco notas, a pentatônica, usada por dez entre dez músicos de Rock. O Caos estava instaurado. Os críticos musicais da época se perguntaram: “E agora”? 

Passaram-se mais cinquenta anos e o Rock já atingiu o status de gênero musical popular mais ouvido e amado pelo mundo inteiro.  
Assim como cresceu o Rock, cresce o Hip-Hop e o Rap – gêneros considerados pelos mais atrevidos como sucessores do fenômeno Rock. Paralelamente, outros gêneros musicais se inovam ou se fundem, ganham notoriedade, ganham adeptos, giram a indústria, gera capital.

Chegamos ao ponto que as novas tendências musicais surfam nos limites da criação. Uns detonam estruturas clássicas, outros as reproduzem sem dar os créditos, outros ainda afirmam ou desmontam ideologias. Uns pregam a violência, outros combatem. 

Chegamos ao século vinte e um com uma série de fragmentações e pontilhismos que, no campo da música, caracterizam o pós-modernismo. Uma coisa é verdade: estão apagados os limites entre a alta cultura e a cultura popular, entre a manufatura e a alta tecnologia. O momento é o da citação pela citação.

Mas de que lado eu estou?

Todo mundo é um pouco eclético, porque não dá pra ser tão radical a despeito de tanto gênero musical bacana. Mas sempre existe um gênero que agrada mais e um que não agrada. 

O gosto musical está atrelado à personalidade, e não é tão equivocado julgar a pessoa pela música que ela gosta.  

Declarar-se “eclético” pode indicar que a pessoa não liga muito pra música. Ou então, pode ser a maneira mais fácil, rápida e confortável de buscar aceitação nas mais variadas rodas, porque assim a pessoa se exime da responsabilidade de emitir uma opinião, de defender, de pertencer.  

Porque muitas vezes as pessoas não têm uma opinião formada, justamente porque falta base para isso. A desculpa do ecletismo cai bem. Dá deia de que a pessoa não tem “preconceito”, de que está aberta a coisas novas. Estamos em um tempo em que somos obrigados a gostar “de tudo um pouco”, em iguais proporções, e esse discurso soa muito bonito. Evita a fadiga de magoar a sensibilidade do próximo, obedecendo ao discurso politicamente correto. Mas na grande maioria dos casos, esse suposto “senso comum” não faz nenhum sentido, só serve para bagunçar as coisas.

Quando o ecletismo vira ideologia, trazendo a proibição de manifestar preferências ou tecer críticas, aí sim, temos um problema muito sério.

Há quem realmente acredite no próprio ecletismo e o usa como ideologia. Nisso a dita ausência de preconceito é usada para esconder a falta de conceito.
A turma do ecletismo gosta de coisas bem contraditórias; pois não as conhece o suficiente para defendê-las com a mesma fé. E essa turma vem a reboque contra os musicalmente xiitas, usando um vasto repertório de clichês, como se fosse pecado capital dedicar-se exclusivamente a um gênero musical.  

O universo musical é muito rico. Pecado maior do que restringir nossa vida toda a um estilo só, é ter Jazz e Rap na mesma playlist. Pecado maior que ser do Rock ou ser do Funk é colocar no mesmo balaio A-ha e Anitta.

Há músicas maravilhosas em Rock, Rap, Hip-Hop, Jazz, isso ninguém nega. Até o Axé acerta de vez em quando, até o Funk! Por que não? 

Mas você tem que decidir sim, de que lado está. Você tem que saber do que você está gostando. Você tem que saber gostar.

Gostar, estudar e afirmar um gênero musical não é nenhuma paranoia. É coisa dos tempos passados, tempos dos bens duráveis, tempos do compromisso com aquilo que nós consumimos, com o que trazemos para nossa vida.   

A Moral dos Trolls


Piadista ou perverso, o troll habita o subsolo da Asgard internética, e é bem feio.

E apesar de feio, todo troll já foi trollado. Atire a primeira pedra quem nunca trollou, e quem nunca trollou um troll.

Um troll calado é um troll trollado.

Essa história divertida aconteceu conosco. O troll trollado podia continuar a se enveredar pelo mau caminho, mas graças a Deus ele estava aqui vivendo uma vida digna, alimentando-se da postagem nossa de cada dia e tomando religiosamente nossas pílulas de sabedoria, que causavam nele uma purgação exorcista. 


Mandei benzer o computador, só por precaução. Consequentemente o troll também foi bento. Porque a gente consegue pensar no próximo, mesmo que ele seja caso perdido. Amém.

O troll pediu abrigo e bênçãos aqui no blog por uns tempos. Morou aqui. Não dormia, não comia, e eu acho que não era comido, Deus que me perdoe... Ficamos com dó deste miserável. Garantimos a ele uns bons nirvanas narcísicos. De fato, ele foi um troll útil. Todo troll é útil.

E enquanto ele cagava a ideia de que a gente era idiota, e desde o gênesis a gente deixava ele achar que sim, um dia ele foi trollado pelo próprio Blogspot, que canalizou toda aquela diarréia mental pra caixa de spam. Nem li. E nem lerei.   

Troll aqui no blog era novidade, mas a experiência foi frustrante. Esperávamos mais do nosso troll, que era superdotado de um deprimente baixo astral. E de uma ironia bem piegas. Era sofrível. Era um troll trollável. Mas ele bem que se esforçava. Ele chegou a pedir arrego, mas seu demônio não deixava. Haja água benta.

E agora, o máximo que este troll trollado e amordaçado vai obter é uma gostosa gastrite e uma aula de trollagem. Porque a gente é do bem, mas a gente conhece as armadilhas do capeta.  

A gente sabe que, para um bom trollador, meia dúzia de palavra basta. Nem que seja pra falar que o blogueiro não sente o que sente, não vê o que vê, não sabe o que sabe, não é o que é ou é o que não é.
Troll que é troll não fala muito, não enrola, é curto e grosso. 
Troll que é troll não pode jogar pérolas aos bloggers, tem que honrar seu próprio código de conduta. Quem se abaixa demais mostra o que não deve.  

Mais importante do que batalhar por alguma respostinha, pela boa vontade de algum blogueiro mais caridoso, é não deixar a postagem ser mais forte.
Nem que ela seja uma descrição perfeita dos problemas da mãe, da tia, da avó, do chefe, da paranoia, da psicopatia, do cramulhão, da caralhada toda. Na trollagem a gente não vê a cara, e o troll não deveria deixar ver o coração.

Porque troll que é troll odeia ser coitado, não mostra ponto fraco. A gente sabe que ele tem, mas ele tem que saber fingir que não tem. 

Enquanto o troll finge que não tem ponto fraco, a gente finge que ele é “fodão” só pra brincadeira ser mais legal. 
Todo troll de blogger nutre certo respeito pelo blogueiro. Aliás, uma trollagem já é um sinal de respeito, porque ninguém chuta cachorro morto. E troll que é troll tem que pegar desafio. Só assim ele prova pra si mesmo que ninguém é melhor que ele.  

Moral da história: ou o troll tem talento, ou não é troll. Talento garante a oportunidade e a oportunidade faz o troll.
Porque nem todo troll é chato. Chato, qualquer idiota consegue ser. O máximo que um chato consegue é desprezo. E desprezo mata o troll. Copiou?


Paga de troll na internet , mas não paga a internet?
Poser. Some daqui com seus minions.

O Quiliasma do Horror

Com base em estudos do historiador Orlando Fedeli (1933 - 2010)

O apelo do Metal é a rejeição de todas as normas sociais. Especialmente em seus subgêneros sonoridade mais extremas, é a música de rebelião, de esquerda, o extremo lógico da tradição do rock'n'roll. Por conseguinte, este não é um tipo de música que é atraente para pessoas que se encaixam na sociedade, ou vêm de famílias estáveis. É a música das crianças solitárias, dos que não conseguem se adequar, de pessoas que não levam uma vida fácil. E nas idades precoces impressionáveis a ideia da total rejeição de tudo faz sentido. Afinal, quando você cresce em um lar em crise, ou agressivo, ou pobre, ou em torno de abuso de substâncias - se isso é o mundo em que você está vivendo, é natural você rejeitar tudo. 

Eu e minha irmã falecida fomos metaleiros por um longo tempo. Nós frequentávamos eventos underground, pagamos caro por shows de artistas consagrados. Colecionamos discos, pregamos pôsteres na parede, tínhamos o estilo de se vestir. 

Enquanto éramos jovens, quase ninguém nos julgava por isso, porque isso era uma fase que logo passaria.
  
Mas à medida que ficávamos mais velhos, e insistíamos nisso, muitos problemas foram surgindo. E o estilo de vida metal deixou de fazer sentido.

Esse tipo de som e todos os seus símbolos me causaram problemas; A estreita relação do Metal com drogas, com violência, com rebeldia, com pessimismo, com tudo que há de detestável começou me incomodar. Eu era mal interpretado, era mal visto, era evitado, era motivo de piada...  
Mas o motivo da minha apostasia do Heavy Metal é algo mais complexo do que a implicância das pessoas.

Enquanto minha irmã resistia como metaleira, eu doava as minhas camisas de banda, meus acessórios. Vendi os discos que minha irmã não quis, joguei fora os que ninguém quis comprar.

Minha irmã estava profundamente envolvida com satanismo, e depois de um tempo, infelizmente eu a perdi.
Daí eu fui atrás da explicação; por que nenhum outro tipo de música causa esse fanatismo? Se o fanatismo é sintoma de mau uso da razão, então há algo errado com o Metal. 
Há algo muito ruim por trás dessa engenharia, algo que ninguém até hoje teve interesse em contar.

Exceto o historiador católico Orlando Fedeli (falecido em 2010).
O sr. Fedeli escreveu um longo artigo sobre o Rock de uma maneira corajosa e com muita propriedade. Muitos metaleiros inclusive escreveram respostas insultando o trabalho dele.
Até eu fiquei com raiva de tudo que li.
Até eu cheguei a escrever para o sr. Fedeli uma carta cheia de impropérios, palavrões...

Depois fiquei envergonhado. Quando eu entendi o lado obscuro do Metal, minha consciência descansou. Eu escapei dessa 'seita'. E minha irmã, certamente, está no céu. 

Isso é um pouco da minha experiência. 
Vou agora à explicação, na verdade isso é uma versão pasteurizada da explicação do Sr. Fedeli, mas aqui estão as partes mais importantes. 
  
O final do século XX assistiu ao nascimento, ao triunfo e ao desmoronamento rápido de muitas ideologias revolucionárias - do nazismo ao comunismo. Mas uma dessas revoluções continua se mantendo, e tem como propaganda sonora o Heavy Metal.

Essa revolução é derivada do Modernismo; ela impôs uma nova "arte", uma nova moda.
Só pra complementar, o Modernismo idealizava uma sociedade livre de toda coerção de lei, regulamento, disciplina e até de regras de etiqueta. É impossível construir uma sociedade sem essas coisas, mas é isso que o Modernismo queria, sem mais nem menos.

O jovem rockeiro/metaleiro é o ícone dessa idealização. Revoltado, radical, anárquico, ele bota pilha no ideal libertário de seus parentes hippies dos anos 60.

Contra tudo o que é refinado e aristocrático, o rockeiro ostenta a preferência pelo que é sujo, prosaico, baixo, vulgar ou grosseiro. Ele tem orgulho disso, basta observar.

Descaradamente o rockeiro faz apanágio da obscenidade e da depravação. Exige a liberação das drogas, além de sexo livre. Defende taras e perversões.

O rockeiro é o político do erotismo, arauto da bagunça, propugnador da ação sem qualquer sentido. Apóstolo da irracionalidade e do desespero. Rebelde contra a sabedoria e a lei. Na prática, ele quer o absurdo.

O Rock pesado exaltou o fracasso da Arte Moderna: tornou admirável o feio, o nojento e o monstro.
Tudo que funcionaria para organizar a sociedade, formar a cultura e elevar o espírito humano é simplesmente jogado ao chão e pisado pela turma do coturno.

Pior de tudo é que o ódio à autoridade e o amor a rebelião pregado por eles geralmente tem como primeiras vítimas os pais e os professores.
Isso induz o rockeiro a buscar experiências cada vez mais violentas.
É pura rebeldia sem causa, mas sem causa nenhuma. É evidente que tais expressões revelam uma baita incompreensão do mundo.

O Rock veio prometendo apenas frustração, desespero, suicídio, loucura, inferno e nada absoluto, o contrário de outras ideologias totalitárias que ofereciam a esperança de construir um paraíso utópico na terra, sem males nem misérias. É curioso como essa "revolução" que propõe o quiliasma do horror acabou atingindo grande parte do seu objetivo. 

Esperto é quem decide ganhar a vida com isso. Apesar da origem tacanha, hoje em dia o Rock pesado é quase um artigo de luxo. Discos, shows, indumentária, revistas - do rito de passagem à pajelança: sai muito caro se adequar à "tribo". 
Daqui a algumas décadas, o Rock pesado irá se tornar artigo vintage pra galera excêntrica que tem grana sobrando pra gastar. 

Música

A música pode ser considerada, ao mesmo tempo, a arte mais elevada e a mais baixa. A mais elevada, porque ela consegue criar estados de alma que a própria palavra tem dificuldade de expressar.
Entretanto, apesar de atingir os cumes do inefável, a música é também a arte mais baixa: ela atinge os que não têm cultura (os selvagens), os que ainda não têm o uso da razão (crianças) e os que perderam o uso da razão (loucos).
Consta ainda que até os animais são influenciados pela música. É ela a única arte que pode atingi-los, porque o ritmo e os sons melodiosos repercutem favoravelmente no sistema nervoso deles.

Platão dizia, com razão, que uma criança educada a amar boa música tenderia a praticar as virtudes. Porque a arte superior ajuda a educar e sensibilizar os sentidos, consequentemente modelando e refinando o comportamento.
E um dos erros mais grosseiros do Modernismo foi o de recusar a existência da verdade objetiva e querer uma arte que apenas agradasse. Aquilo que simplesmente agrada, divorciando-se da verdade e da virtude, é o vício. Todo vício agrada. E o vício é antítese da racionalidade.

Galera pode pensar o que quiser, mas isso não é um desabafo. Isso também não é um "alerta", todo mundo ouve a música que quiser e faz da vida o que quiser.  
Isso é apenas a verdade. Não é a minha verdade. É a verdade pela lógica. A ideologia do Rock é detestável, e de propósito.